Agronegócio
Instabilidades retornam ao Sul no mês de março
Chuva em excesso durante o período pode levar a paralisações e atrasos na colheita
O mês de fevereiro terminou com chuva bastante irregular em áreas produtoras do Rio Grande do Sul, com acumulados superiores à média climatológica no Norte e no Leste gaúcho, enquanto nas demais áreas o volume de água não alcançou a média do mês. Nos próximos períodos a tendência é para um aumento das instabilidades no estado gaúcho. Nos primeiros dias de março, as instabilidades migram para o Sul do país, com a atuação de um novo bloqueio atmosférico no Centro. Assim, as instabilidades devem ficar frequentes no Estado na primeira quinzena do mês, aumentando o risco para chuva em excesso em áreas produtoras do Oeste e do Sul gaúcho, o que pode causar paralisações e atrasos na colheita.
O mês de março pode ser semelhante ao de janeiro, onde áreas produtoras do Oeste gaúcho registraram chuva em excesso e podem prejudicar o andamento da colheita. A partir da segunda quinzena, as instabilidades devem conseguir avançar pelo Centro do país, diminuindo a chuva no Estado. Abril ainda começa com chuva persistente e somente em meados da metade do mês a chuva diminui no Estado, e o tempo firme volta a predominar na região. Maio deve ser um mês com chuva acima da média climatológica, com pancadas regulares ao longo do mês, o que garante janelas curtas de tempo seco entre os episódios de chuva.
Temperatura
Março começa com temperaturas aumentando no Rio Grande do Sul, no entanto a partir da metade do mês, a persistência de dias de tempo mais fechado diminui as temperaturas à tarde. Abril também começa com chuva persistente e calor não muito intenso; na segunda quinzena do mês a diminuição das instabilidades aumenta as temperaturas da tarde. Enquanto maio será com temperaturas acima da média no Leste do Estado, e próxima da média no interior.
El Niño
Atualmente, apesar do El Niño, a porção Leste do Pacífico está mais fria. Em profundidade, porém, percebe-se o avanço de águas quentes. Antes do fim do verão, provavelmente em meados deste mês, a água quente irá aflorar, devendo cortar repentinamente a chuva no Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Oeste e Sul de Minas Gerais e Sul de Goiás. Por outro lado, o Rio Grande do Sul, que após a chuva forte de janeiro registrou precipitação mais irregular em fevereiro, deverá perceber aumento na frequência de chuva.
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